Como recomenda a UNESCO, o MAR terá atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais – sob a forma de exposições, catálogos, programas em multimeios e educacionais. Com sua própria coleção – já em processo de formação por meio de aquisições e doações correspondentes à sua agenda – o MAR contará também com empréstimos de obras de algumas das melhores coleções públicas e privadas do Brasil para a execução de seu programa.
O MAR funcionará como um espaço proativo de apoio à educação e trabalhará em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e outras secretarias de Educação. A Escola do Olhar terá um programa acadêmico, desenvolvido em colaboração com universidades, para discutir arte, cultura da imagem, educação e práticas curatoriais.
A missão do MAR, sua agenda e programação, a formação de seu acervo e de sua biblioteca, a estruturação de programas educativos e a edição de material, entre outras atividades, serão definidas por um comitê cultural liderado pelo crítico de arte Paulo Herkenhoff, curador do museu. A expografia ficará a cargo de Leila Skaff e a identidade visual, de Jair de Souza.
O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Fundação Roberto Marinho, com a Vale e as Organizações Globo como Patrocinadoras e o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O lançamento do MAR representa um dos marcos do Porto Maravilha, projeto da Prefeitura de revitalização da zona portuária do Rio, com investimentos também da iniciativa privada.
O MAR
O Museu de Arte do Rio pretende promover uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais. Suas exposições vão unir dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar.
O MAR será instalado na Praça Mauá, em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, e o edifício vizinho, de estilo modernista – originalmente um terminal rodoviário. O Palacete será inaugurado em março de 2013 e vai abrigar as salas de exposição do museu.
O prédio vizinho vai abrigar a Escola do Olhar – com abertura prevista para o início do ano letivo de 2013 –, que será um ambiente para produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino.
O projeto arquitetônico do MAR é do escritório carioca Bernardes + Jacobsen. O complexo do museu engloba 15 mil metros quadrados e inclui oito salas de exposições e cerca de 2.400 metros quadrados, divididos em quatro andares; a Escola do Olhar e áreas de apoio técnico e de recepção, além de serviços ao público.
Os dois prédios que formam a instituição serão unidos por meio de uma praça, uma passarela e cobertura fluida, em forma de onda – o traço mais marcante da caligrafia dos arquitetos – transformando-os em um conjunto harmônico.